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05/07/2007
Fábio Silveira

Construir uma cultura de paz como forma de combate à violência. Essa é a proposta das mais de 40 entidades que participam da organização do 1º Fórum Educação para a Cultura de Paz, marcado para a próxima segunda-feira, dia 9 de julho, na Câmara Municipal de Londrina. No domingo, véspera da realização do fórum, as entidades realizam a “Caminhada pela paz”, a partir das 16 horas, no calçadão. Os manifestantes devem usar roupas brancas e distribuir rosas brancas. No mesmo dia, às 20 horas, os organizadores pedem que as pessoas acendam e apaguem as luzes de suas casas como uma manifestação visível a favor da paz.

O evento, no qual os organizadores esperam reunir cerca de 200 pessoas, acontece num momento em que são realizadas manifestações contra a violência na cidade, mas os organizadores explicam que o movimento não se restringe a uma conjuntura ou a questões pontuais. “Começamos há sete anos para estimular a cultura de paz”, explica o coordenador da ONG Londrina Pazeando, Luis Cláudio Galhardi. 

Na opinião do pacifista, “combater a violência de forma violenta só aumenta a violência”. Ele explicou que o fórum marcado para a segunda-feira faz parte de um processo ao final do qual será apresentado um projeto de lei na Câmara Municipal criando um Conselho Municipal para a Cultura de Paz (Compaz). 

De acordo com a vice-presidente e representante da Câmara na organização do evento, vereadora Maria Ângela Santini (PT), antes da apresentação do projeto, será realizado um seminário sobre o tema. O de Londrina deve ser o sexto Conselho Municipal para a Cultura de Paz em todo o Brasil. “Os que praticam e os que sofrem a violência, todos querem viver em paz. Mas vivemos discursos incoerentes com nossos desejos”, argumentou a vereadora. Ela afirmou que o Fórum deve redigir um documento com propostas locais para a difusão da cultura de paz. 

Francisca Maria Romagnoli Tavares, coordenadora das campanhas da Fraternidade da Arquidiocese de Londrina e membro da organização do Fórum, a idéia das entidades que articulam o evento é combater a violência. “É uma forma de combate à violência. O fórum é o primeiro passo para que tenhamos um Conselho para a Cultura de Paz”, declarou.