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A Estratégia Como Prática Comunicacional:

Reflexões sobre as Interações em um Movimento Social

Autoria: Carlos Eduardo de Lima, Dayane Freire Romagnolo, Marlene Marchiori

RESUMO: A estratégia como prática social surgiu com a perspectiva de ampliar o horizonte de análise dos fenômenos organizacionais à medida que se tornava possível visualizá-los como resultantes de conjuntos de práticas vivenciadas por seus sujeitos, vinculando estes à contextos por eles construídos no cotidiano. Esta visão é abarcada neste estudo contemplando um olhar da comunicação a partir de reflexões advindas das interações de sujeitos, constituindo, portanto, a estratégia como prática comunicacional (ECPC). Nesta perspectiva, a comunicação é considerada um elemento intrínseco ao strategizing na organização, assim, a exemplo de organizações passíveis de serem estudadas por esta vertente, tem-se os movimentos sociais. Logo, este artigo tem como objetivo compreender como se manifestam os elementos da estratégia como prática comunicacional (ECPC) no Movimento Social pela Paz de Londrina (MSPL). Realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo, utilizando-se da estratégia de estudo de caso no MSPL, unidade de análise deste trabalho. Optou-se pela entrevista com membros atuantes no Movimento. Evidenciou-se que o strategizing nesse caso é resultante da dinâmica interativa nos episódios (ações) entre os praticantes, nos quais a comunicação permeia e constitui a estratégia, bem como a própria organização. O estudo demonstra que tais interações envolvendo participação dos sujeitos no processo foram consideradas essenciais para o compartilhamento do propósito e a perenidade do MSPL. Este estudo trouxe ainda como contribuição aos estudos organizacionais outras reflexões ao considerar a ECPC em movimentos sociais, haja vista que a maioria dos trabalhos nesta temática aborda o mainstream de organizações privadas.

Palavras-chave: Estratégia Como Prática Comunicacional. Interações. Strategizing. Movimentos Sociais.

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