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Chico Mendes

A história de Chico Mendes já é parte da história da floresta amazônica e seus povos. Ele tornou-se um marco na mobilização em favor da justiça social e da preservação da natureza. Como a poronga que ilumina as estradas de seringa na mata, Chico apontou novos caminhos para os movimentos populares.

Lutou com seus companheiros, seringueiros e índios, pela defesa da floresta que ocupavam e utilizavam de maneira não predatória, e empregou formas de luta que, por sua originalidade e representatividade, deram aos movimentos de seringueiros uma repercussão ampla.

Suas propostas entraram em conflito com os interesses que pressupunham a devastação das florestas e a expulsão daqueles que nela vivem em harmonia com a natureza. Esses interesses, representados pela UDR e estimulados pela política econômica e social do governo na época, foram os responsáveis últimos pelo assassinato de Chico Mendes.

Francisco Alves Mendes Filho, seringueiro desde criança, dedicou praticamente toda a sua vida à defesa dos trabalhadores e povos da floresta. Participou da fundação dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia e Xapuri, além da fundação do Partido dos Trabalhadores do Acre e do Conselho Nacional dos Seringueiros.

Chico Mendes reuniu em sua luta o trabalho sindical, a defesa da floresta e a militância partidária. Chico Mendes teve o seu trabalho reconhecido internacionalmente, sendo várias vezes premiado, inclusive pela ONU, que o distinguiu como um dos mais importantes defensores da natureza no ano de 1987.

Através de sua luta pela implantação das reservas extrativistas, Chico combinava a defesa da floresta com a reforma agrária reivindicada pelos seringueiros, contrariando grandes interesses, principalmente os dos latifundiários e da UDR. Em 22 de dezembro de 1988, foi assassinado.