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 Jacira Werle
Reportagem Local em 31/março/200

foto:Eduardo Anizelli

Zona Norte terá posto de coleta de armas

Reunião ontem na sede da Polícia Federal: comitê quer manter acesa a idéia de não-violência

Uma reunião na sede da Polícia Federal (PF), ontem à tarde, definiu os detalhes para a funcionamento do posto para recolhimento de armas na Zona Norte de Londrina. O posto irá funcionar no dia 9 de abril, entre 14 e 18 horas, no Centro Cultural da Saul Elkind, 790. Segundo o Comitê de Desarmamento de Londrina, o evento servirá para manter acesa a idéia de não-violência.
A Campanha do Desarmamento teve início em julho do ano passado. Em Londrina foram entregues 3.302 armas, até ontem, segundo dados da PF. Esse volume corresponde a 23% do que foi recolhido em todo o Paraná.
No Estado, já formam arrecadadas 14.117 armas. Em todo o Brasil, 317 mil. A meta inicial da PF era que fossem recolhidas 80 mil unidades. A estimativa é de existam 20 milhões de armas irregulares no País, informa o coordenador da ONG Londrina Pazeando, Luis Cláudio Galhardi.
O delegado chefe da PF de Londrina, Sandro Vianna dos Santos, explica que além da Zona Norte, outras regiões terão postos de coleta de armamentos antes que a campanha nacional seja encerrada. O comitê ainda não definiu onde será instalado o próximo posto.
A data para o término da campanha é 23 de julho. Para entregar uma arma as pessoas não precisam identificar a procedência dela e ainda recebem uma indenização que varia de R$ 100 a R$ 300, de acordo com o tipo de arma. Além dos posto de coleta, as pessoas podem ir até a sede da Polícia Federal (Rua Tietê, 1450, Vila Nova) para deixarem as armas. No dia 11 de dezembro do ano passado o comitê organizou quatro pontos de coleta, um em cada zona da cidade. ''Na época foram recolhidas 74 unidades em um dia. Agora o volume de entregas é menor e a intenção é manter a idéia da não violência'', analisa Santos.
O delegado-chefe da 10Subdivisão Policial, Jurandir Gonçalves André, compara que antes da campanha a maioria dos homicídios estava ligada ao uso de armas de fogo. Agora, afirma, muitos crimes estariam sendo cometidos com outros tipos de armas, como pedaços de paus e foices. ''Podemos pensar que existe algum tipo de ligação entre o número menor de armas de fogo circulando e a forma como alguns crimes vem sendo praticados'', argumenta.
Jacira Werle
Reportagem Local